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MARCEL, brasileiro, mora no Brasil.
"Estive na Argentina apenas duas vezes: a primeira, ainda muito pequeno, em visita às cidades de Puerto Iguazu e Misiones, cumprindo o roteiro da viagem que minha família fez a Foz do iguaçu. A segunda, muitos anos depois, a Buenos Aires, em companhia de minha esposa, durante a lua-de-mel.
Em ambas as visitas, não me lembro de nenhum momento onde fui maltratado ou coisa parecida. Pelo contrário: tivemos muita receptividade, inclusive nos dias em que transitamos com roupas do Brasil. Eu com uma camisa da seleção, ela com um agasalho verde-amarelo.
Mas minha paixão pela Argentina não nasceu nessas viagens: essa paixão veio justamente pelo futebol, normalmente o maior ponto de tensão entre os dois países. Desde pequeno lembro-me de ouvir a seguinte frase: ´Se os jogadores brasileiros jogassem com a raça dos argentinos, nunca perderiam uma partida´, em referência à qualidade técnica dos atletas oriundos do Brasil.
Cresci admirando os 'hermanos' por isso: paixão, garra, luta. E eu via a realidade disso em todas as outras áreas: nos 'panelaços' em frente à Casa Rosada em protesto a maus governos; nas ´mães da praça de maio´ clamando por seus filhos; na literatura de Borges e Cortázar ou nas charges de Quino; e, claro, na figura emblemática de Che Guevara.
Todas essas coisas eu fui descobrir já maior de idade, procurando saber mais sobre o país de onde vinha futebol que me encantava tanto. E, não sei se por coincidência ou destino, investigando um pouco mais a história de minha família, vi que aqueles imigrantes italianos de sobrenome igual ao meu primeiramente se estabeleceram na Argentina, no final do século XIX, e depois vieram ao Brasil. Foi uma grande alegria.
Desde a copa de 2002 visto a camisa da Argentina e não mais a do Brasil, e não me sinto menos brasileiro por isso. Me sinto, apenas, mais argentino".
“Estuve en
En ambas visitas, no recuerdo ningún momento donde hubiera sido maltratado o cosa parecida. Por el contrario: tuvimos muy buena recepción, inclusive en los días en que transitamos con ropas de Brasil. Yo con una camiseta de la selección, ella con un sweater verde y amarillo.
Pero mi pasión por
Crecí admirando los argentinos por esa pasión, garra, lucha. Y yo veía la realidad de eso en todas las otras áreas: en los cacerolazos en frente de
Todas esas cosas yo descubrí ya en la mayoría de edad, buscando saber más sobre el país de donde venía el fútbol que me encantaba tanto. Y, no se si por coincidencia o destino, investigando un poco más la historia de mi familia, vi que aquellos inmigrantes italianos de apellido igual al mio, primero se establecieron en
Desde la copa de 2002 uso la camiseta de
Muito obrigado Marcel pela participação!!! Seu texto é parte do coração do blog.
ResponderEliminarMilhões dos argentinos têm sobrenome italiano e falando no futebol, na Argentina se desfruta muito os jogos do Brasil pela técnica dos jogadores, pelos gols inesquecíveis, etc. Aliás, há camisetas da seleção brasileira nas ruas, nos estádios.
Grande abraço!!!
Sebastián
Marcel tem o excelente blog www.hermanosebrazucas.blogspot.com que apoia a ideia de união entre nossos países. Recomendo visitá-lo pois pois faz inteligentes críticas as coisas que ocorrem, principalmente, nos médios de comunicação que tentam distançar a Argentina e o Brasil, geralmente falando no futebol.
ResponderEliminarConfiram o blog amigo!
Argentina&Brasil Juntos
Hola, Sebastian. Te agradesco muchisimo por la publicacíon de mi texto.
ResponderEliminarCurioso que a paisagem dessa semana é justamente da cidade onde moro!
Muito obrigado por publicar o texto, mas principalmente por permitir essa aproximação entre nossos povos, pois somo um só: somos latino-americanos.
Grande abrazo!
Marcel